Quem elabora as políticas públicas? Segundo a literatura sobre o tema, são os gestores públicos, as comunidades epistêmicas e de especialistas. Na fronteira entre esse campo e o de movimentos sociais, Monika Dowbor (Unisinos), Euzeneia Carlos (UFES) e Maria do Carmo Albuquerque (Cebrap) defendem neste artigo que os movimentos não são apenas desafiadores do status quo, mas também podem ser propositores de alternativas para as políticas públicas. São discutidas e articuladas três categorias analíticas: inovação social, alternativa e instrumento de política pública, que ajudam a iluminar a atuação de movimentos que buscam transformar seus objetivos políticos em políticas públicas.
Em seguida, aplicamos esse esquema analítico a três movimentos sociais – o de criança e adolescente, o de direitos humanos e o movimento sanitarista. Procuramos mostrar como a articulação desses três conceitos contribui para a reconstrução do processo que remete às origens movimentistas de políticas públicas.
Palavras-chave: Movimento Social; Política Pública; Instrumento; Alternativa; Inovação Social.
Link para acessar: http://www.scielo.br/pdf/ln/n105/1807-0175-ln-105-47.pdf